Contate-nos
Notícias de destino

Professor da USP é afastado por suspeita de assédio sexual

Dec 18, 2024 IDOPRESS
Alysson Mascaro é afastado por suspeita de assediar alunos na USP — Foto: Reprodução RESUMOSem tempo? Ferramenta de IA resume para você

Alysson Mascaro é afastado por suspeita de assediar alunos na USP — Foto: Reprodução

RESUMO

Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você

GERADO EM: 17/12/2024 - 22:56

Professor da USP afastado por suspeita de assédio

Professor da USP é afastado por suspeita de assédio sexual. Alysson Leandro Barbate Mascaro é acusado por alunos,alega perseguição cibernética e contesta a medida alegando falta de direito de defesa. Defesa destaca inconstitucionalidade da decisão e investigação em curso. Medidas legais já tomadas.

O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.

CLIQUE E LEIA AQUI O RESUMO

A Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) decidiu afastar,por no mínimo 60 dias,o professor Alysson Leandro Barbate Mascaro,após surgirem suspeitas de conduta inadequada. A portaria da faculdade aponta que há “fortes indícios de materialidade dos fatos” e que os acontecimentos podem configurar assédio sexual. O docente diz que nao teve direito de defesa e que vem sendo alvo de calúnias.

Caso Gritzbach: Saiba quem são os policiais presos por suposto elo com PCC em operação do MP e PFProibição de celulares: Pesquisa em escolas do Rio mostra ganhos após veto em sala,mas implementação causa dúvidas

Aadvogado,referência do pensamento marxista no Brasil e professor da USP desde 2006,Alysson Mascaro foi acusado por dez alunos ou ex-alunos de assédio e abuso sexual. Os relatos foram publicados pelo site Intercept Brasil em 3 de dezembro.

A medida de afastamento foi tomada,segundo a USP,para garantir que as investigações ocorram de maneira imparcial,sem a influência do professor sobre os depoimentos de alunos e testemunhas. Durante esse período,Mascaro está proibido de dar aulas,participar de reuniões ou realizar qualquer atividade acadêmica na faculdade. Ele também não poderá ter contato com os denunciantes ou testemunhas e não poderá interferir na apuração dos fatos.

A decisão segue as diretrizes do governo estadual de São Paulo,que prevê o afastamento de servidores públicos em casos de assédio sexual. O professor foi formalmente notificado,e a faculdade irá monitorar o cumprimento da medida.

Mascaro usou as redes sociais para se defender,alegando ser alvo de perseguição cibernética desde 2023. Ele afirmou que perfis anônimos têm espalhado acusações falsas para prejudicar sua imagem e descreditar suas posições políticas,e informou que já tomou medidas legais a respeito.

Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pela defesa de Alysson Mascaro.

"A defesa de Alysson Leandro Mascaro informa que a decisão de afastamento foi proferida sem que o professor pudesse exercer o direito de defesa ou mesmo tomar conhecimento das supostas acusações,que até o momento permanecem sob sigilo e anonimato.

O decreto que fundamenta a medida extrema revela-se absolutamente inconstitucional,pois afronta diretamente o Estatuto dos Servidores de São Paulo,lei que é superior a decretos e não prevê afastamento em investigações preliminares,razão pela qual a questão será discutida perante o Poder Judiciário.

No mais,há de se ressaltar que todos os supostos relatos (anônimos) contra o professor surgem em um contexto no qual diversos perfis fakes de Instagram são criados para propagar calúnias,inverdades e estimular intrigas entre Mascaro e pessoas do ambiente acadêmico.

Tal circunstância fez com que Mascaro registrasse boletim de ocorrência ainda em novembro,motivando a instauração de Inquérito Policial pelo crime de perseguição (art. 147-A do Código Penal),o qual se encontra em curso na Polícia Civil. Em 25 de novembro,o Poder Judiciário deferiu um pedido liminar favorável ao professor Alysson para que os dados cadastrais das contas falsas sejam revelados. Desse modo,a defesa aguarda o desfecho da investigação para que os fatos sejam devidamente esclarecidos".

(estagiário sob supervisão de Alfredo Mergulhão)