Edmilson Vitor da Silva foi preso pela PF nesta quinta-feira por atirar contra servidor da Funai e indígenas Uru-Eu-Wau-Wau em Rondônia — Foto: Divulgação/PF e Reprodução/Redes sociais
A Polícia Federal (PF) prendeu,nesta quinta-feira,dois suspeitos de uma tentativa de homicídio a tiros contra o servidor da Fundação Nacional dos Povos Indígenas Fabrício Amorim e dois indígenas da etnia Jupau (Uru-Eu-Wau-Wau) em Seringueiras (RO). O GLOBO apurou que o marido da vereadora Solange Emílio (PSD),Edmilson Vitor da Silva,e o filho mais velho do casal tiveram prisão temporária decretada por 30 dias.
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Procurada pelo GLOBO,a vereadora afirmou que não irá se pronunciar até consultar advogados. A PF aponta que o crime ocorreu no dia 3 de julho na mesma cidade,localizada a 534 km de Porto Velho,e foi motivado pela insistência de Fabrício,que é coordenador da frente de proteção,de retirar os suspeitos que estariam caçando dentro da terra indígena. O local é próximo à Base de Proteção Etnoambiental Bananeiras,localizada no interior da Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau.
A Justiça Federal emitiu mandados de prisão temporária com duração de 30 dias,passíveis de prorrogação. Na quinta-feira,os policiais cumpriram dois mandados de prisão e outros dois de busca e apreensão na cidade onde ocorreu a tentativa de assassinato,além do recolhimento de provas.
O crime de porte ilegal de arma de fogo também está sendo investigado pela operação que recebeu o nome de "Impetum in Vitam".
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Indígenas Comemoram: STF forma maioria para derrubar marco temporal das terras indígenas,a tese que limitaria demarcações de terras indígenas — Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo
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Indígenas Comemoram: STF forma maioria para derrubar marco temporal das terras indígenas,a tese que limitaria demarcações de terras indígenas. Deputada Célia Xakriabá. — Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
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Publicidade Ministros formam maioria para derrubar marco temporal das terras indígenas,a tese que limitaria demarcações de terras indígenas
A onda de invasão no território tem preocupado os servidores que atuam na base. Uma expedição recente feita pela frente de proteção constatou a presença de garimpeiros dentro da terra indígena onde habitam os isolados. A informação será repassada à PF e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai),que aumentou o contingente de servidores na Base Bananeiras.
— Estamos nos sentindo ameaçados e denunciamos estes crimes há bastante tempo. Não é de agora que os invasores estão nos ameaçando de morte,mesmo junto à agentes da Funai. Precisamos que os órgãos tomem providências e a Força Nacional permaneça para fortalecer a segurança — enfatizou uma liderança do povo Uru-Eu-Wau-Wau que não quis se identificar por temer represália.
O Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (Opi) destaca que a TI Uru Eu Wau Wau é lar de seis povos já contatados e 4 grupos que vivem em isolamento e são monitorados pela Frente de Proteção Etnoambiental (FPE) da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
O Opi também ressalta que o ataque dos invasores "colocou em risco,mais uma vez,servidores federais e indígenas dentro de seu próprio território de direito,e reforça a limitação de suas atividades de fiscalização e a vulnerabilidade em que se encontram sem esse poder".