Clarimundo Batista,do Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante,Agências de Viagens,Transitários e Pescas,disse à agência Lusa que "as partes entenderam-se",na sequência de uma reunião ocorrida na quinta-feira,relativamente ao trabalho extraordinário.
O sindicato,que representa os maquinistas da Atlanticoline,apresentou um pré-aviso de greve,para o período de 20 de julho a 12 de agosto,alegando que a administração da empresa não estava a cumprir com o pagamento de horas extraordinárias nos termos acordados.
A Atlânticoline assegura,entre outras rotas,as ligações entre as denominadas ilhas do Triângulo (Faial,Pico e São Jorge),cujo serviço é muito procurado durante a época alta pelos turistas.
Clarimundo Batista explica que o sindicato pretendia que as horas extraordinárias fossem pagas "após duas horas dadas à empresa",enquanto "a empresa tinha alterado no mês de maio para as 10 horas".
"No nosso entender,ela [empresa] sempre pagou como tal,ou seja,o pagamento de trabalho extraordinário a partir das duas horas,e eles queriam 10 horas",frisa o dirigente sindical.
De acordo com este responsável,acresce que a empresa "fazia uma interrupção de jornada contínua,em que o trabalhador voltava duas vezes dentro do mesmo horário de trabalho,iniciando-se o pagamento em 50% do valor,que é a primeira hora,e as restantes a 75%".
A questão foi ultrapassada também e a parte não paga relativa a 2024,de diferencial entre os 50 e os 75%,vai ser devolvida com base nos retroativos a liquidar em agosto.
O acordo agora alcançado vai vigorar até final de 2025.
A agência Lusa contactou a empresa Atlânticoline,mas não obteve resposta até ao momento.
A Atlânticoline transporta anualmente quase meio milhão de passageiros e cerca de 30 mil viaturas,sobretudo entre as ilhas do Triângulo,onde opera todo o ano,com recurso a quatro unidades - dois navios e dois 'ferries'.