Em declarações à imprensa um dia após entregar um pré-aviso de greve na Direção Geral do Trabalho,o sindicalista avançou que o ministro solicitou ao sindicato a alteração das datas para cumprir os compromissos,tendo este aceitado,e disse que "já não há mais margens" para negociações.
"Houve um conjunto de compromissos com datas que o ministro [do Turismo e Transportes] assumiu em sede de concertação entre o sindicato,o Governo e a administração da empresa,e que até agora não foram cumpridos",explicou o presidente do Sindicato Nacional do Pilotos da Aviação Civil (SNPAC),Edmilson Aguiar.
Em abril,os 32 pilotos de voos internacionais da companhia área pública cabo-verdiana anunciaram uma greve de seis dias,mas chegaram a um acordo com a companhia e desconvocaram a paralisação.
Entre as reivindicações da classe,estão questões ligadas à segurança operacional,atrasos no processamento de salários,a inexistência de um programa de segurança,proteção da saúde e higiene no trabalho,uma redução de subsídios e cancelamento de consultas médicas.
A TACV,que opera com o nome comercial Cabo Verde Airlines (CVA),realiza voos internacionais para Portugal,França e Itália.
Em fevereiro,alugou dois aviões modelo ATR para salvar as rotas domésticas,depois de a concessionária Bestfly ter deixado o país,mas,apesar de haver uma melhoria global do serviço,mantêm-se várias queixas sobre falhas na operação.
A companhia está numa fase de mudança da administração,em que o economista e atual presidente do Fundo Soberano de Garantia de Investimento Privado,Pedro Barros,vai assumir a presidência,substituindo Sara Pires.