“No primeiro trimestre de 2024 continuou a observar-se uma trajetória ascendente da rendibilidade do sistema bancário”,refere a análise trimestral do regulador e supervisor bancário.
No documento,o BdP acrescenta que,em relação ao trimestre homólogo,a rendibilidade do ativo (ROA) e do capital próprio (ROE) se situou em 1,40% e em 15,5%,o equivalente a subidas respetivas de 0,25 e 1,6 pontos percentuais (p.p.).
De acordo com o regulador,a subida do ROA “refletiu o aumento da margem financeira e a redução de provisões e imparidades (contributos de +0,45 p.p. e +0,15 p.p.,respetivamente)”,ainda que compensado pelo efeito dos resultados de operações financeiras (contributo de -0,21 p.p.).
Na análise,o BdP refere que entre janeiro e março o custo do risco de crédito baixou 0,18 pontos percentuais em termos homólogos para 0,20%,“justificado pela diminuição das perdas de imparidade de crédito”.
O rácio de eficiência (custos face a receitas) diminuiu 0,16 p.p.,para 39,3%,refletindo um aumento do produto bancário por melhoria da margem financeira.
Os custos operacionais registaram um aumento de 7% face aos primeiros três meses de 2023.
Quanto à qualidade dos ativos,no último trimestre de 2023,o rácio de crédito malparado bruto ('NPL- non performing loans' na expressão técnica em inglês) diminuiu 0,4 pontos percentuais para 2,7%,devido à “estabilização do valor dos empréstimos produtivos e não produtivos”.
O rácio de malparado nas empresas baixou 1,3 pontos,para 5,0%,enquanto o rácio nos particulares subiu 0,1 pontos,para 2,5%.
Por fim,quanto a indicadores de solvabilidade dos bancos,o rácio de fundos próprios totais subiu 0,1 p.p. em cadeia,para 19,enquanto o rácio de fundos próprios principais de nível 1 (CET 1) avançou de 15,6% em março do ano passado,para 17,1% no final do primeiro trimestre deste ano.