"A perspetiva de evolução positiva,em vigor desde dezembro do ano passado,continua a refletir as perspetivas de uma reversão da deterioração da posição externa e orçamental da Nigéria,em resultado dos esforços de reforma das autoridades",lê-se no documento que acompanha a decisão de manter a opinião sobre a qualidade do crédito nigeriano seis níveis abaixo da recomendação de investimento.
Apesar de esperarem uma melhoria nos indicadores económicos,"os riscos de inflação continuam elevados e a perspetiva orçamental é particularmente recheada de incerteza,sendo estas as duas principais razões que sustentam a manutenção do 'rating' em Caa1",acrescenta-se na nota.
A inflação na maior economia da África subsaariana chegou aos 34% em maio face ao período homólogo de 2023,e ainda não começou a trajetória descendente,salienta a Moody's,notando que "as condições monetárias mais apertadas estão a empurrar as taxas de juro para valores mais elevados",perto de 20%,o que é particularmente negativo dado que o endividamento local é a principal fonte de financiamento do governo.
A Nigéria deverá crescer cerca de 3% este ano,abrandando ligeiramente face aos 3,3% registados no ano passado,mas a inflação ainda deverá manter-se acima dos 20% este ano,depois de ter registado um aumento de 26% em 2023,de acordo com o Fundo Monetário Internacional.