Estudo aponta que orcas atacam barcos por tédio: 'são apenas adolescentes brincalhões',dizem os cientistas — Foto: Reprodução
GERADO EM: 29/11/2024 - 14:24
O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
CLIQUE E LEIA AQUI O RESUMO
Pela primeira vez,eventos de orcas caçando e consumindo tubarões-baleia (Rhincodon typus),o maior peixe do mundo,foram documentados em detalhes. Entre 2018 e 2024,quatro episódios ocorridos na região sul do Golfo da Califórnia — também conhecido como Mar de Cortés,no México — revelaram a habilidade predatória de um grupo de orcas,a partir de cooperação e estratégias sofisticadas de caça.
'Milagre': Presa engravida de colega com o qual nunca teve contato físico em cadeia de Miami,nos EUAJiare Schneider: saiba quem era tiktoker encontrado morto em floresta após dias desaparecido,nos EUA
O estudo,publicado na Frontiers in Marine Science,nesta quinta-feira (28),analisou imagens e vídeos capturados por turistas e cientistas,com destaque para a ação de um macho identificado como “Moctezuma”,envolvido em três dos quatro eventos.
As orcas focaram em áreas vulneráveis dos tubarões,como as barbatanas pélvicas e a cloaca,causando hemorragias fatais. Essa abordagem permitia o acesso ao fígado,um órgão rico em lipídios que fornece alta densidade calórica,essencial para atender às demandas energéticas das orcas.
Registros mostram técnica usada por orcas para atacar tubarões-baleia — Foto: Kelsey Williamson
O primeiro caso foi registrado em maio de 2018,na Ilha Partida,quando “Moctezuma” foi visto atacando um tubarão-baleia ainda jovem. O animal já apresentava ferimentos no ventre quando foi empurrado e mordido,até desaparecer na água.
Em junho de 2021,outro ataque envolveu seis orcas,incluindo dois jovens e um filhote,que isolaram um tubarão-baleia e deixaram o animal desorientado,sangrando muito antes de ser consumido.
1 de 7
No Golfo da Califórnia,apesar de as orcas já serem observadas predando raias e tubarões menores,a inclusão dos tubarões-baleia como presas frequentes levanta a hipótese de uma especialização ecológica dessa população. — Foto: Kelsey Williamson
2 de 7
No Golfo da Califórnia,a inclusão dos tubarões-baleia como presas frequentes levanta a hipótese de uma especialização ecológica dessa população. — Foto: Kelsey Williamson
Pular
X de 7
Publicidade 7 fotos
3 de 7
No Golfo da Califórnia,a inclusão dos tubarões-baleia como presas frequentes levanta a hipótese de uma especialização ecológica dessa população. — Foto: Kelsey Williamson
4 de 7
No Golfo da Califórnia,a inclusão dos tubarões-baleia como presas frequentes levanta a hipótese de uma especialização ecológica dessa população. — Foto: Kelsey Williamson
Pular
X de 7
Publicidade
5 de 7
Registros mostram técnica usada por orcas para atacar tubarões-baleia — Foto: Kelsey Williamson
6 de 7
Registros mostram técnica usada por orcas para atacar tubarões-baleia — Foto: Kelsey Williamson
Pular
X de 7
Publicidade
7 de 7
No Golfo da Califórnia,a inclusão dos tubarões-baleia como presas frequentes levanta a hipótese de uma especialização ecológica dessa população. — Foto: Kelsey Williamson
Kelsey Williamson
Em abril de 2023,imagens mostraram uma dupla de orcas,novamente lideradas por “Moctezuma”,atacando diretamente as barbatanas pélvicas de um tubarão-baleia. Já em maio de 2024,cinco orcas,entre elas quatro fêmeas e um juvenil,exibiram comportamento coordenado em águas rasas,com golpes em diferentes partes do corpo da presa até que o tubarão fosse imobilizado. Restos do animal foram flagrados na boca das predadoras minutos depois.
Registros mostram técnica usada por orcas para atacar tubarões-baleia — Foto: Kelsey Williamson
Os registros,segundo a pesquisa,reforçam a capacidade cognitiva das orcas,conhecidas por adaptações comportamentais de acordo com o tipo de presa. No Golfo da Califórnia,a inclusão dos tubarões-baleia como presas frequentes levanta a hipótese de uma especialização ecológica dessa população.
No entanto,ainda são necessários estudos adicionais para confirmar se o grupo de “Moctezuma” conseguiu,de fato,se especializar nesse tipo de predação de grandes animais.
No Golfo da Califórnia,a inclusão dos tubarões-baleia como presas frequentes levanta a hipótese de uma especialização ecológica dessa população. — Foto: Kelsey Williamson
Os tubarões-baleia,classificados como ameaçados pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN),são protegidos no México por regulamentações que proíbem sua captura e promovem o ecoturismo em áreas como a Baía de La Paz e Bahía de Los Ángeles.
No Golfo da Califórnia,a inclusão dos tubarões-baleia como presas frequentes levanta a hipótese de uma especialização ecológica dessa população. — Foto: Kelsey Williamson
Contudo,a exposição sazonal dessas populações durante deslocamentos,especialmente dos mais jovens,os torna presas fáceis para predadores como as orcas.
1 de 8
Richard Dreyfuss em cena de "Tubarão" (1975),de Steven Spielberg — Foto: Reprodução
2 de 8
Cena de 'Megatubarão 2' — Foto: Divulgação
Pular
X de 8
Publicidade 8 fotos
3 de 8
‘Bacalhau’ (1976). Paródia nacional do blockbuster americano do ano anterior — Foto: Divulgação
4 de 8
‘Desespero profundo’ (2024). Avião no fundo do oceano cercado pelas feras — Foto: Divulgação
Pular
X de 8
Publicidade
5 de 8
‘Águas rasas’ (2016). Blake Lively faz surfista em perigo — Foto: Divulgação
6 de 8
‘Sharknado’ (2013). Trash raiz,longa tem motosserra contra tubarão voador — Foto: Divulgação
Pular
X de 8
Publicidade
7 de 8
‘Orca’ (1977). Esta imitação teve baleia; depois vieram piranhas e jacarés — Foto: Reprodução
8 de 8
'Sob as águas do Sena' (2024). Hit do streaming com caos no rio parisiense — Foto: Divulgação
Pular
X de 8
Publicidade Sucesso do clássico de Spielberg,de 1975,gerou onda de longas e até versão com orcas