Presidente da França,Emmanuel Macron,em Buenos Aires antes de seguir para o Rio de Janeiro para participar da cúpula do G20 — Foto: Ludovic MARIN / AFP
GERADO EM: 17/11/2024 - 19:05
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O presidente francês,afirmou neste domingo (17),em Buenos Aires,que seu país não "assinará como está" o tratado de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul,garantindo que deseja "tranquilizar os agricultores" ao afirmar que "a França é contra" o acordo. A declaração ocorreu após sua viagem à Argentina,onde Macron se encontrou duas vezes com o presidente do país,Javier Milei.
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— A França se opõe a este acordo. E vou lhes dizer: o presidente (Javier) Milei,ele mesmo me disse que não estava satisfeito com este texto — contou Macron.
O presidente francês contou ainda que havia alertado Milei de que "para a Argentina,o acordo UE-Mercosul seria muito ruim para sua reindustrialização" e,no caso da França,"seria muito ruim para a agricultura".
Ao falar com a imprensa na pista do aeroporto em Buenos Aires,antes de seguir para o Brasil,onde participará da cúpula do G20 na segunda e terça-feira,Macron ressaltou: "Não acreditamos no pré-acordo tal como foi negociado."
Questionado sobre a possibilidade de a União Europeia ignorar a posição francesa,Macron respondeu:
— Não acredito (...) Reconheço na presidente da Comissão Europeia,Ursula von der Leyen,um grande respeito pela França.
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A Comissão Europeia,apoiada por países como Alemanha e Espanha,espera assinar até o final do ano o tratado de livre comércio negociado ao longo de décadas com o Mercosul.
Os agricultores franceses,apoiados pela classe política,no entanto,planejam se mobilizar contra o acordo a partir de segunda-feira.
— Não podemos pedir aos nossos agricultores [...] que mudem suas práticas,que prescindam determinados produtos fitossanitários,para ter uma produção de "alta qualidade",e ao mesmo tempo,abrir nosso mercado para importações em massa de produtos que não respeitam os mesmos critérios — destacou o presidente francês.
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