"Do nosso lado,como reguladores,o que temos feito para o caso de infraestruturas de telecomunicações que têm sido muito afetadas,é criar todo o tipo de facilidades para que os operadores possam rapidamente recuperar as infraestruturas e repor as comunicações",disse à Lusa Constâncio Trigo,administrador executivo do INCM.
O responsável falava à margem do 14.º Fórum das Comunicações da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP),que decorre na Fundação Cupertino de Miranda,no Porto.
"Essas ações têm incidido sobre colocação,por exemplo,de espectro à disponibilidade dos operadores,isentar de pagamento de taxas radioelétricas por algum período,exatamente para eles poderem financiar a recuperação das infraestruturas perdidas",disse à Lusa o responsável.
Já do lado governamental,referiu que "tem havido muito apoio na facilitação da importação dos equipamentos de telecomunicações,e para a própria reposição de todo o investimento que tem sido perdido com os desastres naturais".
"O papel tanto do Governo como do regulador é criar um processo de facilitação para que elas possam voltar a investir e operar",apontou,já que com o tempo,os operadores privados "recuperam o investimento que fazem".
Questionado sobre a criação de resiliência para lidar com eventuais fenómenos climáticos agressivos no futuro,Constâncio Trigo referiu que "há muito trabalho que tem sido feito",sobretudo "em termos organizacionais".
"Temos estado a aprender muito porque sofremos muito",salientou.
Em concreto,apontou progressos como o licenciamento da operadora Starlink,que utiliza satélites para as comunicações e "tem sido um grande apoio",bem como "muitos procedimentos em termos de comunicação de emergência que têm ajudado bastante".