"A generalidade dos indicadores sugere que houve um abrandamento da economia no 2.º trimestre,mas não muito expressivo,o que aponta para uma revisão em alta das perspetivas para o conjunto do ano",lê-se na publicação Perspetivas Empresariais.
É de recordar que no primeiro trimestre de 2024,o PIB desacelerou para 1,5% em termos homólogos,o que se deveu a um efeito base,tendo crescido 0,8% em cadeia.
Já para 2025,o Fórum prevê uma estabilização do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) português,novamente entre 1,8% e 2,1%.
Segundo a organização,"com o crescimento do PIB esperado para 2024 e 2025,em linha com o potencial da economia,deverá registar-se uma relativa normalização da taxa de desemprego no atual intervalo das estimativas da taxa natural de desemprego (entre 6% e 7%)".
Desta forma,é esperada uma estabilização da taxa de desemprego,de 6,5% em 2023 para entre 6,4% e 6,6% em 2024 e para entre 6,3% e 6,7% em 2025.
No que diz respeito à inflação,as projeções são de um "abrandamento da inflação nacional,de 4,3% em 2023 para entre 2,2% e 2,5% em 2024 e entre 1,9% e 2,2% em 2025".
Apesar destas previsões,o diretor do Gabinete de Estudos do Fórum para a Competitividade,Pedro Braz Teixeira,destaca que "tem que se continuar a referir a incerteza política,devido à ausência de maioria parlamentar estável e ao comportamento da oposição,com alianças espúrias a fazerem aprovar medidas que deterioram as contas públicas".
"Não é ainda claro se haverá aprovação do orçamento para 2025 e,a haver,em que medida as suas linhas programáticas serão respeitadas ou desvirtuadas",nota,sendo que "poderia haver surpresas positivas se o governo conseguisse fazer aprovar algumas das suas reformas para aumentar o potencial de crescimento da economia,mas os riscos políticos são significativos".