Filipe Nyusi fez o apelo durante uma cimeira com os chefes de Estado do Zimbabué,Emerson Mnangagwa,e do Botsuana,Mokgweetsi Masisi, em Techobanine,distrito de Matutuíne,província de Maputo,sul de Moçambique.
"Queremos em conjunto dar o impulso necessário para ativar as ´demarches` necessárias à preparação dos investimentos que se pretendem (...),tendo como escopo final a materialização do Projeto Integrado de Techobanine",afirmou o chefe de Estado moçambicano.
O empreendimento compreende a construção de um porto até 20 metros de profundidade e até um quilómetro da costa,com acesso a rotas marítimas internacionais,estradas e linhas férreas ligando os três países e tanques de armazenamento de combustíveis,tendo um custo entre 800 milhões de dólares (733,7 milhões de euros) e 1,9 mil milhões de dólares (1,7 mil milhões de euros),prosseguiu.
O projeto,continuou,contempla ainda a instalação de uma zona industrial com 13 mil hectares,para a atração de empreendimentos ligados à operação e logística portuárias.
"Pela magnitude deste empreendimento,a região de Techobanine conhecerá uma evolução e transformação estrutural em razão do potencial de desenvolvimento de outras atividades económicas,não só na cadeia de operações e logística,mas também pela relocalização de outras unidades industriais",enfatizou.
Nesse sentido,defendeu ser urgente começar com os trabalhos preliminares do projeto,nomeadamente os estudos de mercado,estrutura legal e comercial e o processo de financiamento,que vai exigir uma "sindicalização bancária".
"Prevê-se um período prolongado de preparação,mas as dinâmicas de médio e longo prazo vão garantir retorno",declarou o chefe de Estado.
Filipe Nyusi sublinhou a importância do respeito da área de conservação do ecossistema da região onde será implantado o projeto,assegurando que o respeito pelo ambiente estará no centro do Projeto Integrado de Techobanine.