Contate-nos
Notícias do turismo

ACP pede à MAI resposta robusta e rápida à insegurança

Jul 13, 2024 IDOPRESS
O presidente da Associação Comercial do Porto (ACP), Nuno Botelho, pediu hoje à ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, uma resposta "articulada, robusta e rápida" aos problemas de insegurança elencados pela associação, "antes que sejam causados danos irreversíveis".

"O novo Governo deve aproveitar para abordar desde logo estes problemas porque eles existem,são sérios,e necessitam de uma resposta articulada,robusta e rápida",disse Nuno Botelho,citado num comunicado da ACP divulgado após a reunião de hoje com a ministra.

 

Para a associação,o Governo deve olhar "com preocupação e atenção para o panorama geral de segurança na cidade do Porto,antes que sejam causados danos irreversíveis",alertando que "a atividade turística e a atração de investimentos estratégicos podem ficar em causa se nada for feito".

De acordo com o comunicado da associação,Nuno Botelho "procurou entender o que é que está a bloquear um efetivo reforço do policiamento de proximidade e visibilidade,instrumental para dissuadir comportamentos criminosos contra pessoas e bens".

Na reunião foi também abordada a questão da videovigilância,tema sobre o qual o presidente da Câmara do Porto,Rui Moreira,revelou hoje que a adjudicação do contrato para mais 117 câmaras está suspensa por falta de parecer da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD).

Segundo a ACP,"o Ministério da Administração Interna mostrou empenho em ultrapassar as questões burocráticas que ainda não permitiram avançar com o projeto",que a associação considera "um passo fundamental que servirá como um fator de dissuasão a ações de violência e marginalidade".

"A Associação Comercial do Porto pediu também que possa ser revisto o regime legal das Polícias Municipais,que permita a estas forças de segurança complementarem eficazmente as ações da Polícia de Segurança Pública,reforçando e contribuindo para melhorar a perceção de segurança na cidade",refere.

A associação pediu ainda alterações à legislação sobre o tráfico e consumo de droga,um fenómeno que "na opinião da instituição urge combater".

A ACP recorda,baseada no Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2023,que o crime relacionado com tráfico de estupefacientes cresceu 24,9% no Porto,para um total de 1.313 participações.

De acordo com o relatório,os dados referem-se a todo o distrito,sendo o 13.º crime mais participado,atrás de crimes como furtos em veículo motorizado (5.927),ofensa à integridade física voluntária simples (4.018),violência doméstica contra cônjuge ou análogos (3.918),outras burlas (3.445) ou condução de veículo com taxa de álcool igual a superior a 1,2 gramas/litro (3.082).

Quanto à criminalidade violenta,que subiu 4,4% no distrito face a 2022 (aumento de 92 crimes: 2.192 face 2.100),nos crimes mais participados não há referência no RASI ao tráfico de droga,mas sim a vários tipos de roubos,resistência e coação sobre funcionário,ofensa à integridade física voluntária grave e extorsão,para os quais a ACP também alerta.