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Caso Iza: 1 em cada 10 homens trai durante a gravidez, mostra estudo; entenda

Jul 13, 2024 IDOPRESS
Iza se apresenta no \'Conversa com Bial\' — Foto: Globo/Bob Paulino A cantora Iza revelou essa semana que terminou o relacionamento com o jogador de futebol Yuri Lima,pai da filha que está esperand

Iza se apresenta no 'Conversa com Bial' — Foto: Globo/Bob Paulino

A cantora Iza revelou essa semana que terminou o relacionamento com o jogador de futebol Yuri Lima,pai da filha que está esperando,após descobrir uma traição. Muitas pessoas ficaram indignadas com o fato do então namorado trair a parceira no meio da gravidez mas,infelizmente,isso é algo mais comum do que se imaginaria.

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De acordo com um estudo do Journal of Clinical Medicine,1 em cada 10 futuros pais traem suas companheiras,e as chances de isso acontecer aumentam à medida que a gestação evolui.

Segundo Claudia Petry,pedagoga com especialização em Educação para a Sexualidade pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e membro da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana,os principais motivos que levam um homem a trair a parceira na gravidez,seriam: imaturidade,incapacidade de lidar com as mudanças físicas e emocionais da mulher,e até a fuga psicológica de ser pai em breve.

— De qualquer forma,não há absolutamente nenhuma desculpa para um homem trair durante a gravidez. Ao contrário. Esse é o momento em que ele deveria estar mais próximo,independentemente de qualquer problema — diz a especialista em sexualidade.

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Para a psicóloga Monica Machado,fundadora da Clínica Ame.C,pós-graduada em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein,a dor da traição pode ser devastadora para a mulher grávida,causando sentimentos de humilhação,raiva,tristeza e frustração.

— A gestação,por si só,já é um universo de mudanças físicas e emocionais,e o estresse adicional da traição pode impactar negativamente o bem-estar materno e fetal,tornando o momento ainda mais desafiador — diz Machado.

O sofrimento psicológico da mãe pode prejudicar a formação do feto,segundo Danielle H. Admoni,psiquiatra geral e da Infância e Adolescência,pesquisadora e supervisora na residência de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

— O estresse provoca mudanças no desenvolvimento cerebral dos bebês enquanto continuam no útero,podendo resultar em déficits neurocomportamentais,problemas de coordenação motora,reatividade emocional elevada e atrasos na linguagem,além do risco de parto prematuro — aponta a especialista pela Associação Brasileira de Psiquiatria.

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Além disso,a mulher pode ser acometida pela depressão,que pode surgir antes mesmo do parto,no final da gravidez. Os sintomas são similares aos da depressão comum,como tristeza,apatia,ideias de culpa,insônia e até desinteresse pelo bebê.

— A tendência à depressão depende da interação de vários aspectos,incluindo genética e alterações hormonais que ocorrem durante a gravidez e no pós-parto. Mas fatores externos também contribuem para motivar o transtorno. Neste caso,a traição desequilibra por completo a estrutura emocional da mãe,já que o parceiro pertence a essa nova realidade,e seu suporte haveria de ser essencial para uma gestação saudável — diz Danielle Admoni.

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Daí a importância de ter um acompanhamento psicológico,além de relatar tudo ao seu ginecologista obstetra,que deverá fazer um pré-natal com mais atenção.