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"Matérias chave". Sindel saúda abertura da EDP, mas mantém greve

Jul 9, 2024 IDOPRESS
O Sindicato Nacional da Indústria e Energia (Sindel) congratulou-se hoje com a existência de "alguma abertura" da EDP para negociar as antiguidades na empresa, mas vai manter a greve em curso até obter "respostas para matérias chave".

Os trabalhadores da EDP iniciaram uma greve na passada sexta-feira,até 31 de agosto,reivindicando a valorização de carreiras,depois de as negociações com a empresa não terem obtido os resultados esperados pelos sindicatos.

Num comunicado divulgado hoje,o Sindel refere que,numa reunião plenária realizada na quarta-feira da semana passada,a EDP "apresentou uma proposta para rever várias matérias",em resposta a reivindicações do sindicato,nomeadamente "os 15 minutos da mudança de turnos para acumulação de dias e a antiguidade".

Contudo,refere,"outras ficaram sem resposta,nomeadamente a matéria das carreiras,onde a empresa se mantém estagnada na sua posição".

Considerando que esta proposta está ainda "distante das reivindicações e anseios dos trabalhadores e das propostas do Sindel",o sindicato reconhece que se "fez luz em alguns pontos" e congratula a EDP "por este avanço".

"Saudamos verificar que já existe alguma abertura para negociar as antiguidades,que é uma matéria que consta da carta reivindicativa e a mais importante,mas ainda se encontram outros temas na carta que carecem de resposta",sustenta.

Assim,e com o processo negocial ainda em curso,o Sindel garante que "não vai abrandar a pressão que a greve está a exercer até existirem respostas para matérias chave",pretendendo avançar com uma contraproposta depois de "analisar a fundo" a proposta da EDP.

Segundo os detalhes avançados hoje pelo sindicato,a proposta apresentada pela empresa prevê que,em caso de doença,a progressão salarial não fica limitada a 45 dias,mas a 60; que na passagem de turno os 15 minutos acumulam até ao máximo de um dia de gozo nas reservas; e um aumento para 16,5%/hora (face aos 15% em vigor) em caso de disponibilidade alerta,mantendo-se durante o trabalho suplementar.

Prevê ainda que a alimentação na primeira infância para trabalhadores Flex passa de 162,60 para 200 euros; uma valorização da antiguidade (cinco anos 250 euros e 15 anos 500 euros,sendo estes valores únicos a pagar nesse ano); e o pagamento como trabalho suplementar (face ao atual valor hora) do tempo de trajeto nas grandes deslocações.

Também proposto pela EDP é a falta autorizada até meio dia para doação de sangue (atualmente é apenas pelo tempo necessário); um aumento do valor mínimo do Plano Flex para 1.030 euros; e o gozo do dia de anos em qualquer dia do mês de aniversário.

A greve dos trabalhadores da EDP foi convocada pela Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas,Químicas,Elétricas,Farmacêutica,Celulose,Papel,Gráfica,Imprensa,Energia e Minas (Fiequimetal),pelo Sindel,pelo Sindicato da Energia de Portugal (Sinergia),pelo Sindicato Inovação Energética (Sinovae) e pelo Sindicato da Indústria e Energia de Portugal (Sirep).

O Ministério do Trabalho decretou serviços mínimos.