Após ter diminuído de 2,28 para 1,43 em abril,atingindo a pontuação mais baixa desde setembro de 2023,o otimismo medido pelo barómetro do Fórum dos Administradores e Gestores de Empresas (FAE) voltou a subir em maio,de 1,43 para 2,43,embora continue negativo.
"Este indicador poderá revelar simultaneamente uma constante preocupação com a situação política atual e a instabilidade internacional,mas também alguma esperança,ainda que,desconfiada,no futuro da Europa,refletindo-se no país",refere o FAE em comunicado.
Em maio,a principal preocupação dos gestores portugueses continuou a recair sobre o "governo e política",apesar de esta categoria ter registado uma redução pelo quarto mês consecutivo,mais acentuada neste último mês (de 52,50% para 38,4%).
A acompanhar esta descida estiveram ainda as preocupações com a "legislação e regulação" (6,8% para 2%) e a "taxa de juro" (15,3% para 9,1%).
Em sentido inverso,registaram-se em maio "subidas acentuadas" nas preocupações relativas à "taxa de inflação" (13,1%) e "cadeias logísticas,abastecimento" (2%),que nem tinham sido consideradas no mês anterior,e ainda na "contratação e retenção de talentos" (5,1% para 14,1%) e "corrupção" (1,7% para 4%).
Já "relativamente estáveis,com suaves quedas",estiveram em maio as preocupações com "impostos e tributação" (10,2% para 11,1%),"concorrência e modelo de negócio" (3,4% para 2%) e "digitalização,disrupção tecnológica" (5,1% para 4%).
O Barómetro Mensal dos Gestores Portugueses baseia-se num inquérito mensal aos associados do FAE sobre o que mais preocupa para os 12 meses seguintes,incluindo também o seu nível de otimismo e pessimismo para esse período.
Com as respostas -- normalmente entre 170 a 210 -- o Fórum constrói um barómetro mensal que indica,mensalmente e numa série longa,a evolução das preocupações e do otimismo dos gestores portugueses.