De acordo com o jornal South China Morning Post,o juiz responsável pelo caso marcou a próxima sessão para 31 de julho,dando à empresa quatro semanas para obter o apoio dos credores para o plano de reestruturação que apresentou em março para a dívida emitida nos mercados internacionais no valor de 11,7 mil milhões de dólares (10,9 mil milhões de euros).
A Shimao disse que iria "opor-se vigorosamente" ao pedido de liquidação,apresentado pela filial de Hong Kong do banco estatal chinês China Construction Bank,relativamente a uma obrigação financeira equivalente a cerca de 202 milhões de dólares (188 mil milhões de euros).
Várias construtoras chinesas enfrentam possíveis ordens de liquidação dos tribunais de Hong Kong,com processos também abertos contra a Country Garden - a empresa número um do setor entre 2017 e 2022 - e a Kaisa. Esta última também obteve uma suspensão esta semana,embora o juiz tenha avisado que poderia ser a última.
Em janeiro,foi ordenada a liquidação do gigante endividado Evergrande,uma decisão que deu início a um longo e incerto processo devido a dúvidas quanto ao reconhecimento do processo na China continental,onde o grupo detém a maior parte dos seus ativos,uma vez que o sistema judicial de Hong Kong está separado do da China ao abrigo do estatuto de semiautonomia da antiga colónia britânica.
No início deste mês,outro dos 100 maiores promotores imobiliários,a Dexin China Holdings,também recebeu uma decisão desfavorável num outro processo de liquidação em Hong Kong.
A situação financeira de muitas empresas imobiliárias chinesas agravou-se depois de Pequim ter anunciado,em agosto de 2020,restrições ao acesso ao financiamento bancário para os promotores que tinham acumulado um elevado nível de dívida,incluindo a Evergrande,com um passivo de quase 330 mil milhões de dólares (308 mil milhões de euros).
As vendas comerciais de habitações na China,medidas por área útil,caíram 24,3%,em 2022,e mais 8,5%,em 2023,de acordo com dados oficiais.