"A Casa Redondo dá um passo significativo no seu crescimento internacional com a compra do licor Safari,até agora pertencente ao maior 'player' mundial do setor",declarou Daniel Redondo.
O responsável da empresa da Quinta do Meiral,no concelho da Lousã,distrito de Coimbra,realçou que "este movimento representa a maior aquisição de uma marca de bebidas espirituosas por uma empresa portuguesa".
"Com esta nova adição,a nossa empresa ambiciona fortalecer a sua presença em mercados estratégicos como Holanda,Bélgica e Alemanha",afirmou.
Daniel Redondo prevê "um aumento imediato de cerca de 70% nas exportações globais do grupo",cujo objetivo é "triplicar este valor nos próximos cinco anos".
"Financiada com capitais próprios,a aquisição permitirá à empresa criar sinergias de portfólio,investir em equipas comerciais e de 'marketing' e aprofundar as relações com os parceiros de distribuição,consolidando assim a nossa posição como um produtor de referência na categoria de licores",acrescentou.
Originária da Holanda,marca Safari estava há vários anos na posse do grupo Diageo,com sede em Londres,no Reino Unido.
Trata-se de uma bebida com sabor a frutas exóticas,como mamão,manga,limão e maracujá,que pode ser servido em estado puro ou como base para um 'cocktail' de inspiração tropical.
O Safari é atualmente vendido,sobretudo,nos países do Benelux (Bélgica,Holanda e Luxemburgo),em Portugal e na Turquia.
"Tendo em conta a sua base de consumidores",a Diageo entende que a Casa Redondo "é a proprietária certa para levar o Safari ao seu próximo capítulo de crescimento em toda a Europa e fora dela",segundo uma nota do grupo vendedor a que a Lusa teve acesso.
Fundada em 1997,a Diageo é considerada a maior fabricante de bebidas destiladas a nível internacional,comercializando os produtos em 180 países. Com representações em 80 países,empregava na década passada mais de 36 mil pessoas um pouco por todo o mundo.
A marca Licor Beirão,por sua vez,está nas mãos da empresa familiar da Lousã desde 1940,ano em que foi comprada a um pequeno produtor local por José Carranca Redondo,já falecido,passando depois a gestão para o filho deste,José Redondo,e para os netos Daniel e Ricardo,atuais diretor-geral e diretor financeiro,respetivamente.