Pedro Ricardo Conceição da Rocha foi preso no ano passado — Foto: Reprodução
O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) condenou Pedro Ricardo Conceição da Rocha,conhecido como 'King do Discord',a 24 anos e sete meses de prisão pelos crimes de associação criminosa,estupro qualificado e coletivo,estupro de vulnerável e corrupção de menores. A decisão saiu após denúncia da 2ª Promotoria de Justiça de Cachoeiras de Macacu,na Região Metropolitana do Rio.
Entenda o caso: Moradores denunciam mais de 20 casos de cachorros envenenados em praça na Tijuca; Comlurb fez limpeza na área nesta quartaLeia mais: Jovem de 18 anos morre após ter intestino perfurado em procedimento após aborto espontâneo
Entre agosto de 2021 e março de 2023,Pedro criou um grupo no Discord com outros quatro adolescentes para cometer crimes contra menores de idade. A plataforma permite que as pessoas se comuniquem em transmissões de vídeos ao vivo.
"Os integrantes da associação criminosa,dentre eles o denunciado,atuavam não só através da contemplação virtual,mas também pela determinação ao vivo e online de ações proativas de vítimas,crianças e adolescentes,constrangidas sob ameaças de causar mal às vítimas e seus familiares e de divulgação de fotos e vídeos íntimos anteriormente hackeados,a praticarem atos de automutilação,degradação física,exposição íntima,zoofilia e atos libidinosos,colocando em risco a saúde,integridade física e psicológica das vítimas",ressalta a denúncia do Ministério Público do Rio (MPRJ).
Os crimes de Pedro Ricado vieram à tona em 4 de julho do ano passado,quando foi preso em Teresópolis,cidade da Região Serrana do Rio. De acordo com as investigações da Polícia Civil,entre agosto de 2021 e março de 2023,ele teria criado um grupo com mais quatro adolescentes no Discord,na qual divulgavam e armazenavam arquivos contendo cenas de abuso sexual infantojuvenil; produção de arquivos contendo cenas de abuso sexual infantojuvenil; estupro de vulnerável e induzimento,instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação.
Segundo as investigações,os participantes da associação criminosa,em um primeiro momento,vasculhavam as redes sociais das vítimas,usuárias da plataforma Discord,na busca de fotos e vídeos tidos como comprometedores e dos dados pessoais dos menores e seus familiares. Em seguida,as vítimas eram ameaçadas e os criminosos diziam que iriam divulgar os arquivos,atraindo crianças e adolescentes para chamadas de vídeo. Ainda de acordo com as autoridades,Pedro Ricardo Conceição da Rocha exercia o domínio sobre os demais integrantes do grupo.