"Creio que fez sentido uma fase em que a AICEP esteve no Ministério dos Negócios Estrangeiros e também na Presidência do Conselho de Ministros,quando se tentou reforçar o peso da diplomacia económica. Hoje,acho que já temos um estado de maturidade um bocadinho maior e que,na prática,havia a tendência de associar a AICEP à Economia e eram criados constrangimentos exatamente pelo facto de não estar dentro desse ministério",afirmou o vice-presidente executivo da Associação dos Industriais Metalúrgicos,Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP) em entrevista à agência Lusa.
"Portanto,fazer regressar a AICEP à tutela do ministro da Economia é uma boa medida neste momento em concreto,não tenho a menor dúvida sobre isso",enfatizou Rafael Campos Pereira.
Relativamente ao novo presidente indicado pelo Governo para a AICEP -- Ricardo Arroja,em substituição de Filipe Santos Costa,que tinha iniciado funções há um ano -- o dirigente da AIMMAP diz ter "as melhores expectativas".
"Tenho as melhores expectativas relativamente ao seu trabalho e àquilo que poderá fazer. É uma pessoa que conhece as empresas,que tem uma visão para o mercado e,portanto,penso que poderá liderar uma política de apoio às empresas inseridas em mercados globais,mas numa lógica de apoio ao mercado",sustentou.
Já sobre Filipe Santos Costa,o vice-presidente da AIMMAP diz que ocupou o cargo por um período tão breve que "não teve tempo de mostrar o que vale".
"O anterior presidente,Luís Castro Henriques,deixa uma excelente marca. O Filipe Santos Costa não teve tempo e,não posso fazer uma avaliação",disse à Lusa.