O secretário de Tesouro dos EUA,Scott Bessent — Foto: Chris Kleponis/CNP/Bloomberg
GERADO EM: 14/04/2025 - 19:32
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O secretário do Tesouro dos Estados,afirmou nesta segunda-feira que não há razão para que as economias dos EUA e da China se distanciem e que,"em algum momento",seria possível chegar a um "grande acordo" com a China apesar das trocas de ameaças tarifárias entre as duas potências econômicas.
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"Há um grande acordo a ser alcançado em algum momento",disse Bessent em entrevista à Bloomberg TV,ao ser questionado sobre a possibilidade de que as duas maiores economias do mundo se desvinculem.
"Não há nenhuma razão para que isso aconteça",comentou,"mas pode acontecer".
Bessent também disse que os republicanos estão considerando todas as opções para ajudar a custear as promessas de campanha do presidente Donald Trump sobre cortes de impostos — incluindo o aumento de tributos para os norte-americanos mais ricos.
“Vamos ver qual é a posição do presidente” sobre o tema,disse Bessent em entrevista durante uma viagem à Argentina nesta segunda-feira. “Tudo está sobre a mesa.”
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Bessent afirmou que ele,outros membros do governo e congressistas estão trabalhando na “fase de refinamento” de uma legislação que prorrogaria e potencialmente ampliaria os cortes de impostos de Trump implementados em 2017 — muitos dos quais estão previstos para expirar no fim do ano.
“Temos um amplo consenso,e vamos partir daí”,disse Bessent na residência do embaixador dos EUA em Buenos Aires.
A Bloomberg já havia noticiado neste mês que os republicanos estão avaliando a criação de uma nova faixa de tributação para quem ganha US$ 1 milhão ou mais por ano. O agravamento das perspectivas econômicas também tem pressionado os legisladores a acelerar as negociações fiscais.
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Bessent afirmou que trabalha para expandir os cortes de 2017 de forma a incluir isenção de impostos sobre gorjetas e pagamento de horas extras,além de um novo benefício para aposentados que recebem da Previdência Social. Ele também disse querer permitir que os contribuintes deduzam os juros pagos em financiamentos de veículos.
O secretário do Tesouro visitou a Argentina para demonstrar apoio ao país após a liberação de uma nova rodada de financiamento pelo FMI na semana passada. Mais cedo,ele anunciou que os EUA iniciarão negociações comerciais com o país,após se reunir com o presidente Javier Milei e o ministro da Economia,Luis Caputo.
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