Entenda como criadores faturam com venda de conteúdo de partes do corpo inusitadas — Foto: Getty Images
GERADO EM: 21/11/2024 - 11:24
O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
CLIQUE E LEIA AQUI O RESUMO
A cantora Lily Allen chocou os fãs ao revelar que suas fotos de pés rendem mais do que os royalties de sua música no Spotify. Essa declaração inusitada trouxe à tona uma nova tendência entre criadores de conteúdo em plataformas de assinatura,aonde partes do corpo antes ignoradas têm ganhado destaque. Se antes eram apenas os pés,agora áreas como costas,mãos,pescoço e até orelhas estão sendo exibidas para um público fiel que busca conteúdos únicos e personalizados. Nesse nicho,influenciadores têm encontrado formas de transformar o "inusitado" em lucro.
Celebridades e cirurgias 'bizarras': especialista avalia procedimentos estéticos que viralizam na internetDe Barbie a ex-Ken humano: as transformações mais surpreendentes do mundo dos famosos
Lily Allen — Foto: Divulgação
De acordo com criadores que aderiram a essa nova demanda,o diferencial está na exclusividade e na intimidade proporcionadas por essas plataformas. Enquanto redes sociais populares,como o Instagram,seguem regras mais rígidas e padronizadas,plataformas de assinatura permitem que os criadores se libertem e encontrem um público específico,que nem sempre se interessa pelo convencional. Para muitos fãs,observar detalhes menos óbvios do corpo dos influenciadores desperta uma sensação de proximidade e curiosidade.
Especialistas apontam que essa nova forma de consumo é reflexo de uma demanda crescente por conteúdos diversificados e fora do comum.
"Não se trata apenas de mostrar uma parte do corpo. É uma forma de explorar a singularidade e criar uma história em torno disso",explica a CloseFans,uma plataforma de assinatura que se tornou referência no mercado. Segundo ele,essa tendência reflete o desejo do público por algo mais autêntico e personalizado.
Esse nicho não é exclusivo de influenciadores famosos; pessoas comuns também encontram oportunidades para rentabilizar partes pouco exploradas de seu corpo. Uma usuária anônima relatou que,após postar algumas fotos de suas mãos com diferentes tipos de anéis,viu um crescimento expressivo nas assinaturas.
"Parece bizarro,mas é algo único que meus seguidores adoram. É como se cada anel ou ângulo novo criasse uma conexão diferente",comentou. Em outro caso,um influenciador que exibe apenas o pescoço em suas fotos revelou haver uma grande demanda por esse tipo de conteúdo específico.
As costas,por exemplo,têm ganhado grande destaque. Criadores têm feito sucesso com registros artísticos e até vídeos que mostram tatuagens,marcas de expressão e movimentos das costas. "As costas permitem uma abordagem mais sofisticada e artística,despertando interesse de fãs que valorizam o inesperado",diz Anderson. Ele destaca que essa conexão mais profunda entre criadores e fãs é o que tem sustentado o sucesso desse nicho.
Orelha e costas — Foto: Divulgação
Essa nova forma de capitalizar a partir da criação de conteúdo têm ajudado artistas e influenciadores a explorar formas alternativas de engajamento e geração de renda. As plataformas de assinatura oferecem espaços exclusivos para que esses conteúdos não convencionais floresçam e cativem públicos específicos. Em vez de focarem apenas no tradicional,os criadores diversificam e,assim,segundo o especialista,alcançam nichos e criam conexões mais significativas com seus seguidores.
"Estamos vendo como algo que antes era considerado estranho ou inusitado agora se transforma em oportunidades lucrativas. A criatividade e a autenticidade são os motores desse mercado",conclui Anderson.