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BCP prevê gerar lucros médios anuais de 1.000 milhão entre 2025 e 2028

Oct 31, 2024 IDOPRESS
O BCP espera gerar lucros anuais de cerca de 1.000 milhões de euros entre 2025 e 2028 e pagar até 75% desse resultado aos acionistas, através de dividendos e da recompra de ações, segundo o novo plano estratégico.

Na conferência de imprensa de apresentação das contas do banco até setembro (714 milhões de euros),o presidente do BCP,Miguel Maya,apresentou as principais linhas do plano estratégico para 2025-2028 e disse que nesse período o banco "terá capacidade de gerar 4.000 a 4.500 milhões de euros" em resultado líquido acumulado.

 

Uma previsão,acrescentou,que ainda está sujeita à aprovação do supervisor e de objetivos de capital.

Quanto a pagamentos a acionistas,Maya disse que o objetivo é pagar até 75% desse resultado aos acionistas.

"Depois de um ciclo em que o banco foi muito suportado pelos acionistas,mais de uma década,é tempo de retribuir toda esta transformação do banco",disse o gestor.

Maya explicou que o valor de 75% a ser pago aos acionistas resulta da distribuição de dividendos de pelo menos 50% do resultado líquido a que se soma um programa regular de recompra de ações.

Hoje mesmo,afirmou Miguel Maya,a administração do banco aprovou um requerimento a ser enviado ao Banco de Portugal para poder "iniciar a recompra de ações de 25% do resultado líquido anual".

Sobre se com a recompra de ações o objetivo é proteger a base acionista,Maya disse que essa é "a lógica natural de um banco que tem de ter investidores para se poder desenvolver".

Já questionado sobre se a acionista Fosun poderá aproveitar para reduzir mais a sua participação (em janeiro o grupo chinês vendeu parte da sua posição),Miguel Maya disse que o conhecimento que tem é que a "Fosun está muito satisfeita e quer permanecer no BCP".

"E a equipa do BCP quer que a Fosun esteja satisfeita,quer remunerar bem a Fosun e qualquer outro acionista",acrescentou.

Ainda quanto ao plano estratégico,o BCP disse que,em 2028,quer chegar aos oito milhões de clientes ativos,subir na margem financeira e nas comissões e atingir um rácio de rentabilidade (ROE) de 13,5%.

O BCP apresentou hoje lucros de 714,1 milhões de euros entre janeiro e setembro,mais 9,7% do que nos primeiros nove meses de 2023.

A margem financeira do grupo BCP (a diferença entre juros cobrados no crédito e juros pagos nos depósitos) caiu ligeiros 0,3% para 2.110,8 milhões de euros,enquanto as comissões cresceram 4% para 601,8 milhões de euros.

O BCP tem como principal acionista o grupo chinês Fosun,com uma participação de 20,3%. O segundo maior acionista é a petrolífera angolana Sonangol,que no final do ano passado tinha 19,49% do banco.