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Onda de assaltos à beira-mar: roubos em quiosques da Barra assustam frequentadores

Jul 8, 2024 IDOPRESS
Assalto: criminosos roubam celular e relógio de homem que estava num quiosque no Posto 2,no dia 14 de junho — Foto: Reprodução

Assalto: criminosos roubam celular e relógio de homem que estava num quiosque no Posto 2,no dia 14 de junho — Foto: Reprodução

RESUMO

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GERADO EM: 08/07/2024 - 05:03

Assaltos a quiosques na Barra da Tijuca

A onda de assaltos aos quiosques na Barra da Tijuca vem assustando frequentadores e impactando o faturamento dos estabelecimentos. A violência tem aumentado na região,levando à mobilização por mais policiamento e medidas de segurança. A polícia tem reforçado o patrulhamento e realizado prisões de criminosos envolvidos nos assaltos. Medidas como cercamento com jardineiras nos quiosques estão sendo consideradas para garantir a segurança dos clientes.

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Um momento de sossego que é interrompido pela violência. Pelo menos desde março,assaltos recorrentes a clientes em quiosques da orla da Barra da Tijuca,à noite e em plena luz do dia,tem assustado moradores e turistas que passam pela área. Nas ações,os criminosos armados costumam chegar em dupla,de motocicleta,de carro ou a pé,abordam as vítimas e levam todos os seus pertences de valor.

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Num dos casos mais recentes,no dia 25 de junho,dois rapazes chegaram andando a uma mesa em que estavam três mulheres,entre os postos 5 e 6,fingiram pedir informação,puxaram um celular e saíram correndo. Em outro,no último dia 14,por volta das 9h,dois homens numa moto pararam a poucos metros de um quiosque no Posto 2,entraram no estabelecimento sem tirar os capacetes,arrancaram os fones de ouvido,um relógio e um celular da mão de um cliente e fugiram. Essas e diversas outras ocorrências foram flagradas por câmeras de segurança,e as imagens ganharam repercussão nas redes sociais.

De acordo com os dados mais recentes do Instituto de Segurança Pública (ISP),o total de roubos na Barra da Tijuca aumentou 38,6% (de 594 para 823) de janeiro a maio deste ano,em comparação com o mesmo período do ano passado.

Via 11: quiosque em frente à Praça do Ó tem tido o faturamento prejudicado pela violência — Foto: Foto de arquivo pessoal

O cenário de violência tem desencorajado a guia de turismo e tradutora Fernanda Gomes,de 42 anos,que mora na Avenida Prefeito Dulcídio Cardoso,a frequentar a orla.

— No início de junho,resolvi,no fim da tarde,ler na praia. A areia já estava ficando vazia e eu não quis ficar ali sozinha. Procurei bancos pela orla,mas estavam todos sem iluminação. A moça de um quiosque entre os postos 4 e 5 viu e me ofereceu mesa e cadeira mesmo que eu não fosse consumir. Então,sentei de frente para a rua. Veio um rapaz de bicicleta na minha direção,parou e eu,na mesma hora,peguei minha bolsa e fui correndo para dentro do quiosque. Depois,ele foi embora — relata. — Eu adoraria descer e aproveitar um fim de tarde num quiosque,mas não me sinto segura,porque a orla da Barra está sempre muito vazia. Já em Copacabana,os quiosques estão sempre lotados,com música ao vivo e policiamento no entorno.

Presidente da cooperativa CoopQuiosques,João Carlos Lameirinhas avalia que o desgaste da imagem da região pela repercussão desses casos tem causado impactos negativos para os negócios.

— Nós temos nos mobilizado junto aos órgãos públicos para tentar solucionar essa situação. Estamos tentando junto à prefeitura,por exemplo,a liberação para fazer um cercamento com jardineiras na área de atendimento ao cliente nos quiosques,como uma forma de deixar o ambiente mais controlado e seguro,evitando a entrada de estranhos. Havia uma cerca resistência a esse pleito nosso,que é antigo,mas agora a situação está demonstrando que é necessário — observa.

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No quiosque Via 11,em frente à Praça do Ó,o faturamento vem caindo nos últimos meses,revela o sócio Marcus Balestieri.

— A maior parte do meu movimento,que era à noite,despencou devido à repetição desses assaltos,resultando numa queda de cerca de 80% do faturamento. Eu já cheguei a ter 13 funcionários; hoje,só tenho dois. A noite na orla da Barra da Tijuca acabou — lamenta. — Eu sei que é proibido,mas estou investindo no cercamento com jardineiras; uma coisa baixa,só para deixar o cliente mais isolado e inibir os assaltos.

Patrulhamento: Polícia Militar diz ter prendido dois criminosos que praticam assaltos na orla da Barra — Foto: Divulgação/Polícia Miitar

Presidente do Conselho Comunitário de Segurança (CCS) da Barra da Tijuca,Maria Lucia Mascarenhas diz que o órgão tem se mobilizado por mais policiamento.

— Ouvindo os anseios de todos os envolvidos,reivindicamos maior número de viaturas e motos,bem como o aumento do efetivo para melhorar as condições para a evolução da prestação do serviço de segurança pública —afirma.

A Polícia Militar informa que o comando do 31° BPM (Recreio) reforçou o patrulhamento,com viaturas,motopatrulhas e abordagens,na orla da Barra da Tijuca e que a unidade realiza diversas ações para coibir esse tipo de crime. No último mês,diz,agentes do batalhão prenderam dois criminosos que realizaram roubos na região em questão.

A Polícia Civil afirma que investigações da 16ª DP (Barra da Tijuca) identificaram o integrante de uma quadrilha de assaltantes que atua na região e que,no último dia 20,uma ação integrada das polícias Civil e Militar resultou na prisão do criminoso. Ele foi capturado no Cemitério São Francisco Xavier,no Caju,durante o sepultamento de um comparsa,relata a corporação,que garante que os esforços continuam para identificar e prender os demais integrantes do bando.

Presidente da Orla Rio,João Marcello Barreto diz que a concessionária tem atuado em prol do conforto de carioca e turistas.

— Tenho um olhar muito atento para todos os temas que impactam a indústria turística da nossa cidade. Por isso,mantenho um diálogo constante com a Secretaria de Segurança do estado do Rio,a fim de discutir e colaborar com iniciativas voltadas para a proteção de cariocas e turistas na orla — destaca.