Manifestantes apoiam candidaturas LGBTQIA+ em São Paulo nas eleições de 2022 — Foto: Edilson Dantas/O Globo
No Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+,celebrado nesta sexta-feira,28 de junho,uma pesquisa da iO Diversidade,em parceria com o Instituto Locomotiva e a QuestionPro,revela que 76% dos brasileiros reconhecem a importância dessas pessoas exercerem cargos públicos. Além disso,o levantamento abordou outros pontos da representatividade,como o apoio ao Mês da Diversidade por parte do governo e de empresas.
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Quanto ao perfil dos que defendem uma maior participação política destes grupos,destacam-se as mulheres e a geração Z,nascida entre 1997 e 2010. Entre o público feminino,81% consideram que o tema é muito importante,enquanto os homens somam 70%. Já no recorte etário,os 'Z' que aquiescem com a afirmação somam 82% dos entrevistados,contra 72% dos baby boomers,de 61 anos ou mais.
O levantamento aponta ainda que 48% da população acreditam que pessoas LGBTQIA+ estão menos presentes na política do que deveriam,seguidos de 30% que consideram a presença atual como suficiente e outros 22% como maior do que a necessária. Um reconhecimento de quase metade da população que não necessariamente se reflete nas urnas.
— Houve um crescimento no número de pré-candidatos LGBTQIA+ nas eleições municipais,mas a pesquisa mostra que,apesar de a população reconhecer e desejar uma maior representatividade na política brasileira,ainda não observamos esse cenário na prática — pondera Renato Meirelles,presidente do Instituto Locomotiva.
Em todo mundo,junho é considerado o Mês do Orgulho LGBTQIAPN+,quando ações que exaltam a identidade,a celebração do amor e a luta da comunidade pela manutenção e conquista de direitos reforçam o compromisso com a diversidade de orientação sexual e de gênero. Segundo a análise do iO Diversidade,71% dos brasileiros acreditam que os governos (estadual,federal e municipal) devem apoiar este mês.
O número é ainda maior quando questionam se empresas (73%) e grupos da sociedade civil (76%),como ONGs e movimentos sociais,também devem endossar o Mês da Diversidade. Neste recorte,as mulheres e a geração Z são,mais uma vez,o público que mais acredita nisso.
— A demanda por representatividade da comunidade LGBTQIA+ na política tende a se tornar mais intensa nos próximos anos. Isso porque as novas gerações estão mais envolvidas e demandam um posicionamento das instituições em relação a isto — explica Rachel Rua,diretora da iO Diversidade.
A pesquisa da iO Diversidade,em colaboração com o Instituto Locomotiva e a QuestionPro,entrevistou 1.500 brasileiros de todas as regiões entre os dias 13 e 24 de maio. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais para mais ou menos e o nível de confiança é de 95%.